terça-feira, 10 de novembro de 2009

Silêncio Gasto...


Dentro de mim fez-se noite,
Noite sem luar
Todas as janelas se cerraram
Todas as estrelas adormeceram
Todo o meu peito se cobriu
De um manto negro e puro
Sem um único ponto de luz.

O céu engoliu-me o coração
Que deixa aos poucos de bater.
Toda eu, coração sem vida
Toda eu, silêncio gasto
E no fundo bem fundo deste céu
Que sou eu,
Nasce hoje com dor a lua sem luz.

2 comentários:

  1. Apesar de ser um poema mesmo melancólico, acho que deve transmitir uma sensação de familiaridade àqueles que se identificam com o lado negro. É soturno mas tem beleza.
    Por fim, identifico o nascer da lua com um sinal que possa mudar alguma coisa para melhor mas a lua nasce sem luz e a dor continua.
    Está excelente.

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  2. Sérgio O. Marques:

    Procuro apenas "libertar-me" deste sentimento.
    Obrigado pela tua presença.

    Bjo
    Fatima

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